Querido diário, estou deprimido
Eu achava que já tinha perdido a fé na humanidade.
Mas hoje descobri que ainda tinha um restinho, que acabei de perder.
Doutor Raposão (nome levemente fictício), médico que trabalha em um hospital aqui perto de casa, bateu no meu carro saindo do estacionamento, na segunda-feira. Disse que ia pagar, não quis fazer B.O., blá blá blá, "pode confiar em mim, sou médico", blá blá blá.
Pois hoje fui conversar com o cara. Que teve a cara de pau de dizer que não vai pagar, porque acha que fui eu que bati nele. Meio difícil, porque a frente do dele e a lateral esquerda do meu foram amassados. A não ser que meu carro tenha virado carangueijo e passou a andar de lado, impossível que tenha acontecido como ele inventou de afirmar.
Não me importa tanto a grana. É pouco mais de R$ 100 o conserto.
O que me deprime é a canalhice ridícula de um médico, alguém em quem se deveria depositar confiança. Ainda mais um psiquiatra, que lida com uma das partes mais nobres do ser humano (a outra parte nobre são os testículos, muito cuidado com eles).
Triste, muito triste sentir na pele que há pessoas assim.
Quando ouço alguém me contar um caso assim, quando vejo casos de canalhice na TV, me revolto, xingo um pouco, e passa.
Mas dessa vez não deu. Em nenhum momento me senti revoltado. Tudo o que consegui sentir desde então foi tristeza, por sentir na pele a babaquice que assola a humanidade.
Triste, triste. Chuif... Chuif...
Morte aos médicos. Auto-medicação djá!
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