O caçador de pikachus

Ontem Dona Patroa mandou eu assistir o Caçador de pipas. Eu nem sabia do que se tratava, sabia que existia um livro que muita gente falou bem, o que para mim já foi motivo mais que suficiente para nunca ter ido atrás de saber o que era.

Meus pensamentos durante o filme:

1) Não me acrescentou nada. Eu já imaginava que morar no Afeganistão era uma bosta.
2) Dois garotos para empinar uma única pipa? Incompetência.
3) O que fazem com um carretel tão grande? Colocam a pipa em órbita?
4) Uma apologia ao uso de cerol, que ceifa diariamente a vida de nossos melhores motoboys. Só por isso o filme devia ser proibido.
5) Cantores. Não basta ter trilha sonora, música ambiente, tem que ter cantores. Me senti num filme da Xuxa, em que sempre enfiam a banda/cantor do momento.
6) Se antes adolescentes estupravam crianças e não acontecia nada, com o taliban melhorou um pouco, pelo menos tem uma chance de os estupradores serem apedrejados.
7) O filme termina com o sujeito cortando a pipa do outro. CARALHO, VOCÊ NÃO APRENDEU NADA? NÃO APRENDEU QUE DESTRUIÇÃO, ÓDIO E COMPETIÇÃO EXTREMA FODEM QUALQUER SOCIEDADE? NÃO APRENDEU QUE É JUSTAMENTE POR NÃO SABER VIVER EM HARMONIA RESPEITANDO DIFERENÇAS E O ESPAÇO (aéreo) ALHEIO É QUE O SEU PAIZINHO DE MERDA CONTINUA ESTUPRANDO CAMELOS E PRÉ-ADOLESCENTES? Uma nítida metáfora (ou ato-falho do autor) de que o ódio e destruição estão no sangue das raças afegãs, e que não há nada melhor a fazer além de abandoná-los a seu próprio destino.